Ebit Nielsen Webshoppers: O crescimento do E-commerce em 2020

O ano passado foi um divisor de águas no mundo todo. A pandemia mundial causada pelo Coronavírus, trouxe muitas perdas e uma mudança radical na vida de todos. E, apesar das incertezas de 2020, que infelizmente continuamos vivendo em 2021, o E-commerce no Brasil bateu recorde de vendas e teve um aumento exponencial no faturamento anual, dados que comprovam a mudança de comportamento do consumidor brasileiro. 

Os dados que mostram essa virada de chave e a mudança de comportamento do consumidor brasileiro estão reunidos no relatório Webshoppers 43, uma parceria entre Ebit Nielsen e Bexs Banco. O relatório divulgado revelou que em 2020 o e-commerce brasileiro teve cerca de 13 milhões de novos consumidores, atingindo a marca histórica de R$87 Bilhões em vendas em 2020. 

O que motivou esse aumento?

De acordo com o relatório, o aumento do número de pedidos é o principal motivador desse crescimento ao longo dos anos. Pedidos esses que muitas vezes foram feitos através do celular, já que os brasileiros se mostraram muito mais conectados durante o ano de 2020. É o que aponta uma pesquisa do Instituto Delete – que faz parte da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com a pesquisa, 52,6% dos entrevistados instalaram novos aplicativos para aumentar suas atividades digitais. E 43,8% não tinham costume, mas passaram a fazer compras on-line em supermercados e farmácias, além de operações bancárias na internet, devido às medidas de confinamento.

O número de pedidos online e o ticket médio chamou a atenção

Ao todo, em 2020 foram contabilizados 194 milhões de pedidos contra 148 milhões de 2019. Outro número que chamou a atenção foi o aumento do valor do ticket médio dos pedidos que subiu de 417 reais em 2019, para 452 reais em 2020. 

Sites de busca e redes sociais são os principais caminhos para as lojas

Outro dado bastante relevante mostrou que sites de busca como o Google e as redes sociais são os principais caminhos para as lojas. Essas duas formas de encontrar a loja ideal para finalizar a compra ficaram à frente dos sites de fabricantes, site de comparação de preços, e-mails com promoções, recomendação e digitação pelo nome da loja na rede. Aqui vemos a importância de uma presença online consolidada nas redes sociais e também o investimento em mídias pagas e SEO, que fazem com que a loja conquiste as primeiras páginas dos sites de busca. 

Um fator que reforça a mudança do consumidor online, mostrou que dos 13 milhões de novos consumidores online, 83% deles declararam que voltariam a fazer compras online. O que mostra que o E-commerce brasileiro está em ascensão e há espaço para mais lojas físicas migrarem para o comércio eletrônico.

Apesar dos dados animadores, o relatório mostrou que o consumidor ainda é sensível ao valor do frete e que quanto mais alto o valor do frete, maiores as chances de o consumidor registrar uma reclamação sobre qualquer aspecto da compra. Em resumo, o frete grátis continua sendo um dos principais motivadores para compras online. 

E como o consumidor se comportou nas datas sazonais?

O relatório do Webshoppers mostrou também como foram as mudanças do comportamento de compra dos consumidores, nas datas sazonais, durante o primeiro ano de pandemia. Os dados reafirmaram que a pandemia impulsionou o crescimento online e as datas sazonais como dia das mães, Dia dos Namorados, e etc, representaram juntas 34% de todo o faturamento anual.

Com a maioria das lojas fechadas ou com restrições no atendimento presencial, as vendas online sofreram um aumento exponencial e ao que tudo indica, em 2021 o cenário vai continuar sendo promissor para o e-commerce brasileiro.